quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Ama-me com Ternura (1956)

Em seu primeiro papel no cinema, Elvis interpreta um dos irmãos Reno, Clint. Ele ficou em casa enquanto seu irmão, Vance, foi lutar na Guerra Civil americana pelos confederados. Quando este retorna para casa, perecebe que sua antiga namorada está casada com Clint. A família então deve lutar por estabilidade assombrada por este problema. Além disso, Vance está envolvido num roubo de trem e encara certos conflitos de interesse quando decide devolver o dinheiro.


Em "Ama-me Com Ternura" Elvis Presley não interpreta um garanhão cheio de autoestima. Muito pelo contrário. Em boa parte do filme seu personagem, Clint Reno, reflete uma ingenuidade até certo ponto irritante - e com certeza o fato deste ser o primeiro papel do Rei para o cinema ajudou na composição de tal característica.
O enfoque aqui parece cair mais no contexto que envolve um de seus irmãos, Vance Reno, interpretado por Richard Egan, e sua sóbria paixão pela estonteante Cathy Reno, Debra Paget. O enredo capta a atenção do espectador numa tragédia familiar que, apresentada de maneira um tanto quanto direta para os filmes de grande circuito da época, parece trazer um toque genérico do melhor Elia Kazan, sempre no bom sentido.
Para concluir, alguns números musicais antológicos com os movimentos pélvicos que escandalizaram o mundo ocidental e mais a curiosidade de ver um Elvis inseguro e passional arrebentando a cara de uma mulher.

Trailer sem legendas.

Download: torrent e legenda

domingo, 13 de janeiro de 2013

A Cruz de Ferro (1977)

Em 1943, após uma nova e bem sucedida missão na frente Russa, o condecorado soldado Rolf Steiner é promovido a sargento. Enquanto isso, o arrogante capitão Stransky recebe a missão de comandar seu pelotão. Após uma sangrenta comandada por Steiner contra as tropas russas, o covarde Stransky mente dizendo que foi ele quem liderou os soldados no combate e exige ser condecorado com a "Cruz de Ferro". Para comprovar sua atuação no combate, ele dá os nomes de Steiner e do tenente Triebig como testemunhas. Acontece que Steiner tem problemas com a arrogância de Stransky e se recusa a participar da fraude. Como vingangça, Stransky não transmite a ordem para que o pelotão de Steiner retorne de sua posição na frente de combate, assim sendo ele é abandonado sozinho e cercado pelos inimigos. Agora, para retornar, os soldados terão que lutar por suas vidas.


Sam Peckinpah faz um cinema viril. "A Cruz de Ferro" é um grande exemplo suado de um ótimo e autêntico Peckinpah. Muitas cenas de ação, extremamente bem elaboradas, são mostradas em câmera lenta, no que se pode considerar um recurso estilístico característico do diretor, usado de maneira a expor maior profundidade no sentido de causar impacto reverberante no espectador.
De um prisma altamente pacifista, incomumente retratando "humanidade" do lado alemão das trincheiras durante a Segunda Guerra Mundial, o filme ataca a carnificina com o niilismo. No desenrolar de seu enredo, conforme se acompanha a curva de personalidade de seu protagonista, qualquer estrutura hierárquica é desintegrada no caos da guerra, que se percebe tão natural quanto sem propósito. Vale conferir.
Aviso: a versão em dvd que está circulando no mercado nacional, do selo Spectra Nova, é péssima. A qualidade de imagem e som, que às vezes chega a ser dessincronizado, é horrível. Pra piorar, a legenda é de um português pífio. Não recomendada!

 Trailer sem legendas.

Download: torrent e legenda