sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Confessions (2010)

No último dia de aula em uma escola, uma professora se despede dos alunos dizendo que não vai mais lecionar. Ela ainda faz uma afirmação: sua filha de apenas 4 anos de idade, que supostamente teria morrido afogada na piscina do próprio colégio, na verdade teria sido assassinada por dois estudantes daquela mesma classe. Logo em seguida a mulher anuncia que vai se vingar.


Muito legal. Os orientais, tendo em mente a trilogia de Park Chan-wook entre outras obras, têm uma concepção bem diferente de vingança se comparados aos ocidentais - ou, ao menos, tratam o tema de maneira bem distinta em filmes. Bom, é fato que a visão de vida dos asiáticos é circular, diferentemente da linearidade adotada por europeus e americanos. Isto é refletido em suas artes, cinema incluso.
O fator "causa-efeito" em "Kokuhaku" é permeado por tantas tramas e subtramas bem sucedidas em hipnotizar o espectador que a motivação original de todo o enredo, relegada a planos secundários em vários momentos, só retorna em toda a sua excelência no final extremamente impiedoso. A reflexão que fica para quem faz a viagem de Tetsuya Nakashima até o fim e se sente de alma lavada vai além da questão acerca da justiça com as próprias mãos. "Confissões" põe à prova a crueldade própria de cada espectador e isto supera seus méritos cinematográficos, que por si só já são imensos.
O ponto negativo do filme fica por conta do uso repetitivo de cenas em câmera lenta acompanhadas por música do grupo Radiohead, o que por muitas vezes prejudica o clima e o andamento da narrativa.

Trailer legendado em inglês



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