domingo, 15 de julho de 2012

13 Assassinos (2010)

"A história, ambientada no Japão Feudal, é centrada num homem que assassina e estupra inocentes, sempre protegido pela lei. Para o impedir, surge a força secreta dos treze assassinos, cada um com uma habilidade singular, dispostos a uma missão suicida para acabar com o mal".


Curte filmes de samurai? Se a sua resposta for positiva, este épico do cineasta Takashi Miike, um dos diretores mais prolíficos e talentosos das últimas duas décadas, se faz imperdível. Jūsannin no Shikaku é uma produção nipo-inglesa, remake do homônimo clássico de 1963. Mas esta obra-prima de Miike, quando analisada à luz do filme no qual se baseia, faz menos sentido do que se comparada a outro tesouro do cinema mundial, Os Sete Samurais, do magnânimo Akira Kurosawa. Aliás, o próprio filme original, de 63, é quase que uma soberba homenagem ao gênio de Kurosawa. Samurais, recrutados por alguém, se reúnem por uma causa justa - até o enredo básico é o mesmo.
Takashi Miike trafega bem por todos os gêneros nos quais se aventura. O diretor multifacetado é tão bem sucedido numa obra de horror quanto numa infantil, por exemplo. E tudo que ele faz traz um toque muito singular, um quê grotesco/surreal que o apreciador do seu cinema como um todo pode reconhecer facilmente. Isto não é diferente em 13 Assassinos. Como no filme de Kurosawa, ângulos baixos característicos, complexidade de caráter em vários personagens e extremo bom gosto na execução das cenas de ação deixam produções milionárias de Hollywood no chinelo. Ao mesmo tempo, este exemplar cinematográfico está cheio de Miike em suas brechas dantescas, flamejantes e loucas. Muito bom.


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