sexta-feira, 29 de junho de 2012

A Tara Maldita (1956)

"Garota de oito anos é a maldade em pessoa, além de egoísta e mentirosa. Somente a mãe sabe a verdade sobre essa terrível criança. Rhoda, de rosto angelical, é capaz de elaborar planos diabólicos para conseguir tudo que deseja, uma sociopata mirim em potencial. Primeiro filme, onde temos uma criança como vilã, que influenciou uma leva de filmes do gênero: A Profecia, Aldeia dos Amaldiçoados, Anjo Malvado, A Órfã, etc."


O filme, adaptado de uma peça de teatro, é por muitas vezes construído como tal. E isto não é um demérito, apenas uma constatação - uma vez que com "Quem tem Medo de Virgínia Woolf?", grande obra do cinema, acontece a mesma coisa. Fato é que filmes que optam por este padrão estético/narrativo devem tomar alguns cuidados que passariam batidos ao público do teatro - nisto a montagem tem tanta importância quanto o roteiro e as interpretações na criação constante de situações que prendam a atenção do espectador no cinema. "The Bad Seed", cujo título em português é um lixo, tem sucesso neste quesito mas peca por ser um pouco longo e por seu desfecho, que parece ter sido feito nas coxas de uma maneira que não condiz com o resto do filme.
Algumas pessoas mais sensatas talvez se irritem com a premissa apresentada de que a psicopatia pode ser exclusivamente genética. Lembrem-se que estamos falando de um filme de drama/horror dos anos 50 que sugere e/ou lida diretamente com certas questões que são grandes tabus: menos incesto e pedofilia, mais assassinato - e assassinato em que o autor é uma menininha.
"Tara Maldita" é um filme transgressor e à frente do seu tempo; como diz na sinopse acima, precursor do subgênero "crianças do mal". Merece todo o respeito.


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